quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Em mais uma noite de Champions no Dragão, recordei esta frase de Saramago para tentar compreender o que sucedeu neste Porto-Brugges.
É certo que a equipa belga não tinha nada a perder e tudo a ganhar neste jogo fulcral para eles. Talvez por isso se fizeram acompanhar por uma enorme falange de apoio e deram tudo.
Porém, uma equipa joga aquilo que a outra deixa jogar. O chavão é conhecido, mas eficaz. Hoje, o Porto permitiu muita posse aos belgas e perdeu-se na distribuição das peças no relvado.
Apesar da vitória, dos três pontos aquistados e dos dois pontos conseguidos a Leicester e Copenhaga, o Porto deixou bem vincada a necessidade de uma grande reflexão.
No FC Porto a exigência é grande. Não basta ganhar. É necessário mostrar o futebol de qualidade que catapultou o Porto para um inegável prestígio europeu iniciado no século XX e exponenciado no século XXI. É importante que a equipa não perca essa cultura futebolística plasmada por um futebol bonito, apoiado e jogado pelos flancos, com uma objectividade díspar.
Qualquer colosso europeu temia sempre os ares das Antas, porque nas Antas quem mandava sempre era o FCP. Os oponentes espreitavam o contra-ataque e os laterais tinham que se preocupar com os sempre incisivos extremos à Porto. São muitas arestas a limar, mas o futebol continua a ser demasiado simples para o querermos complicar.
Há que assentar ideias e inverter esta pequena entropia táctica.
Venha de lá esse clássico de Novembro. Mês que me recorda mãos cheias de golos perante as águias. A ver vamos.
No entanto, cuidado com as canelas. Nem sempre dão penalties e, por vezes, até se partem pernas a jogadores do Porto. Mas nós vamos à luta e travar a histeria generalizada.

Força, Porto!!!!!
Hélder Rodrigues

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